Vinicius Lage

Você conhece a história: um trader renomado fazia uma apresentação para a diretoria com um gráfico mostrando Value at Risk (VaR) tranquilizador. Dias depois, um evento geopolítico causa movimento de mercado que supera o VaR estimado em 300%. O risco que "não existia" materializou-se.  

A história da gestão de riscos em commodities é fascinante – e ilustradora de como longe chegamos. Compreender essa evolução não é apenas curiosidade histórica. Entender como chegamos até aqui nos ajuda a prever para onde vamos e por que algumas empresas ainda estão atrasadas em sua transformação digital.

A gestão de riscos em commodities está em um ponto de inflexão. As ferramentas que dominaram os últimos 20 anos – sistemas CTRM tradicionais, análises de dados via planilhas, monitoramento manual de exposições – ainda funcionam, mas não mais oferecem o diferencial competitivo que ofereciam.