Do Papel ao Hoje: Conheça a Evolução da Gestão de Riscos
- Vinicius Lage

- 10 de nov.
- 3 min de leitura
A história da gestão de riscos em commodities é fascinante – e ilustradora de como longe chegamos. Compreender essa evolução não é apenas curiosidade histórica. Entender como chegamos até aqui nos ajuda a prever para onde vamos e por que algumas empresas ainda estão atrasadas em sua transformação digital.

A Era do Papel: Gestão Manual de Riscos (Até Anos 1990)
Antes de computadores pessoais serem comuns, a gestão de riscos em commodities era feita inteiramente em papel. Traders anotavam posições em cadernos. Gerentes compilavam informações manualmente em grandes planilhas escritas à mão. Conferências de negociações aconteciam em papel, com documentação em triplicata.
Os problemas eram óbvios:
Sem visibilidade em tempo real - você só sabia suas exposições em fim de dia
Alto risco de erro humano - cálculos manuais eram propensos a erros
Impossibilidade de análise rápida - decisões lentas
Auditoria complexa - rastrear uma transação era tarefa de dias
A Transição: Primeiros Softwares (Anos 1990-2000)
Com o surgimento dos computadores pessoais e planilhas eletrônicas (Excel), começou a revolução. Traders passaram a registrar operações em Excel. Gerentes construíram modelos sofisticados de cálculo de exposição usando fórmulas.
Isso representou um salto gigante em eficiência, mas os problemas persistiram: silos de dados, risco de integridade de fórmulas, falta de auditoria e segurança precária.
A Profissionalização: Surge o CTRM (Anos 2000-2010)
Respondendo à demanda, surgiram as primeiras plataformas dedicadas CTRM (Commodity Trading Risk Management). Allegro, Openlink, e Endur começaram a oferecer sistemas especializados com arquitetura centralizada, segurança robusta, cálculo de risco em tempo real, conformidade regulatória e integração com bolsas.
Isso mudou o jogo. Operações que tomavam horas agora eram concluídas em minutos. Erros operacionais caíram drasticamente. O desafio? Esses sistemas eram caros e complexos, acessíveis apenas a grandes traders.
A Era da Integração (Anos 2010-2020)
Com a maturação de tecnologia de nuvem e arquiteturas modernas (APIs, microserviços), sistemas CTRM evoluíram significativamente. Plataformas passaram a ser oferecidas em modelo SaaS com preços acessíveis. Isso abriu o mercado para mid-market.
Empresas como a Agroboard nasceram nesse período com visão moderna: simplificar CTRM, tornando-a acessível, intuitiva e poderosa simultaneamente.
O Presente: Inteligência e Automação (2020-2025)
Nos últimos cinco anos, a evolução focou em inteligência artificial e automação. Análise preditiva permite que sistemas prevejam movimentos futuros, não apenas monitorem posições atuais. Automação de decisões estratégicas libera times de tarefas repetitivas. Self-BI democratizado permite que qualquer gerente crie dashboards personalizados. Integração de ESG rastreia não apenas risco financeiro, mas também ambiental e social. Plataformas ficaram completas, graças à ecossistemas como a Agroboard.
Lições da Evolução
Traçabilidade progressiva: cada geração trouxe melhor visibilidade – de "não sabemos" para "sabemos em tempo real" para "sabemos até antes de acontecer".
Democratização contínua: ferramentas que começaram exclusivas a Wall Street agora são acessíveis até a pequenos produtores.
Complexidade abstraída: conceitos complexos vêm em dashboards visuais intuitivos.
Ciclo de inovação acelerado: de mudanças maiores a cada 10 anos para significativas a cada 2-3 anos.
Conclusão: A Jornada Continua
A evolução não terminou. Blockchain, quantum computing, integração com dados alternativos – tudo já está em desenvolvimento. Se você não está em movimento, está ficando para trás.
A Agroboard foi construída pensando nessa evolução. Com mais de 50 funcionalidades e arquitetura moderna, oferece o que há de melhor em 2025. E foi construída para evoluir continuamente.
Em um mercado volátil e cheio de oscilações, inovações são constantemente necessárias para continuar a evoluir.
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