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Como a Macroeconomia no Agro Decide os Preços das Commodities no Brasil

Quando falamos em preço das commodities no Brasil — como soja, milho, boi gordo ou café — é comum pensar que a variação está diretamente ligada à oferta e demanda no campo. Mas a verdade é que as forças macroeconômicas têm um peso tão grande quanto (ou até maior) na formação desses preços. 

Neste artigo, explicamos como a macroeconomia no agro influencia os preços das commodities e por que entender esse cenário é essencial para uma boa gestão de riscos

Como a tecnologia está mudando a gestão de riscos de commodities

O que é macroeconomia no agro?


A macroeconomia no agro refere-se ao impacto das variáveis econômicas nacionais e globais sobre o agronegócio. Fatores como taxa de juros, inflação, câmbio, crescimento do PIB e decisões políticas moldam diretamente o ambiente em que produtores, traders e cooperativas operam. 

Essas variáveis influenciam não apenas os custos de produção, mas também o valor final pago por uma commodity no mercado. 


1. Taxa de juros e impacto nas commodities


No Brasil, a Selic (taxa básica de juros) tem efeito cascata sobre o agro. Quando o Banco Central aumenta os juros: 

  • O crédito rural fica mais caro e menos acessível. 

  • Há menos estímulo à produção, o que pode reduzir a oferta futura. 

  • O real tende a se valorizar, o que pode reduzir a competitividade das commodities brasileiras no exterior

Por outro lado, uma Selic mais baixa estimula o crédito, aumenta a produção, mas pode também gerar pressão sobre os preços internos. 


2. Câmbio: o dólar como protagonista


Como as commodities são precificadas em dólar no mercado internacional, o câmbio é um dos principais fatores para o preço final em reais. Um dólar mais alto significa que o produtor brasileiro recebe mais por saca exportada, mesmo que o preço internacional esteja estável. 

Além disso, o dólar influencia os custos de insumos importados (fertilizantes, defensivos, combustíveis), o que impacta diretamente a gestão de riscos e o planejamento financeiro do produtor. 


3. Inflação e custos de produção


A inflação afeta todos os elos da cadeia produtiva. Desde a compra de sementes até o transporte da safra, os custos aumentam e pressionam as margens. 

Na ponta do lápis, isso exige uma abordagem mais sofisticada de gestão de riscos no agro, buscando antecipar movimentos de mercado e proteger a rentabilidade por meio de ferramentas como hedge, barter e contratos futuros. 


4. Cenário internacional e decisões políticas


O agronegócio brasileiro está inserido em um contexto global. Decisões como: 

  • Alterações nas taxas de juros dos EUA 

  • Políticas agrícolas da China ou da União Europeia 

  • Guerras, crises sanitárias ou conflitos comerciais 

têm efeito direto sobre a demanda global por commodities e os preços pagos ao produtor nacional. 


Como a gestão de riscos se conecta com a macroeconomia?


Em um ambiente de tanta volatilidade, fazer gestão de riscos no agro significa entender não só a lavoura, mas também os movimentos econômicos e políticos que podem afetar o seu negócio. 

É por isso que cada vez mais produtores e empresas têm buscado: 

  • Monitoramento macroeconômico constante 

  • Consultoria especializada 

  • Ferramentas tecnológicas que cruzam dados do campo com indicadores financeiros 

  • Estratégias de proteção de preço e câmbio 


Conclusão: quem não inova, fica para trás


Os preços das commodities no Brasil não são definidos apenas pela colheita ou pela seca. A macroeconomia no agro tem papel central nessa equação. Entender esses fatores é o primeiro passo para fazer uma gestão de riscos eficiente, que proteja a margem do produtor e traga previsibilidade em um setor marcado por incertezas. 

Quer aprender mais sobre como proteger sua operação frente às oscilações do mercado? Fale com os especialistas da Agroboard e descubra como nossa plataforma de gestão de risco pode ajudar sua empresa a tomar decisões mais seguras e estratégicas. 

 
 
 

1 comentário


traderagro
11 de jul.

Ótima análise!

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