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Mercados Regionais: uma alternativa para a gestão de riscos

O agronegócio brasileiro vive uma fase de consolidação e amadurecimento. A volatilidade internacional, os avanços tecnológicos e o surgimento de novos mercados regionais impulsionam uma gestão de riscos mais integrada, transparente e adaptada à realidade local.


Ferramentas como a Agroboard, voltada à estruturação e monitoramento de riscos, e o Balcão Agrícola do Brasil (BAB), que aproxima o mercado de derivativos do físico, simbolizam essa transformação no setor.


Mercados Regionais: uma alternativa para a gestão de riscos

Regionalização: o Brasil como formador de preços


O Brasil deixou de ser apenas um price taker e passou a influenciar diretamente o preço global de commodities agrícolas. Esse novo papel exige instrumentos de hedge que reflitam as condições locais de produção e comercialização, respeitando diferenças regionais de logística, frete e armazenagem.


Mercados regionais como o BAB surgem como resposta a essa necessidade. Regulado pela CVM, o Balcão Agrícola do Brasil oferece um ambiente organizado para negociação e registro de derivativos com lastro físico e liquidação ajustada à realidade brasileira. Esses instrumentos reduzem o basis risk (diferença entre o preço físico e o futuro) e aumentam a eficiência das proteções de preço.


Tecnologia e inteligência de dados: essenciais para a boa gestão de riscos


A digitalização da gestão de risco é outro pilar dessa nova fase. Com plataformas como a Agroboard, produtores, cooperativas e indústrias conseguem consolidar em um único ambiente todas as suas posições físicas, cambiais e financeiras, permitindo análises de exposição em tempo real.


O uso de dados históricos, simulações e modelos preditivos — apoiados por inteligência artificial — amplia a precisão e a velocidade das decisões.Mais do que uma ferramenta operacional, a Agroboard atua como plataforma de governança de risco, permitindo definir políticas, limites e métricas como hedge ratio, VaR e efetividade de hedge, conforme padrões de compliance exigidos por reguladores como a CVM e o Banco Central.


Educação: o elo que ainda falta


Mesmo com o avanço tecnológico, poucos produtores utilizam estratégias de hedge de forma sistemática. A principal barreira ainda é educacional e cultural. Muitos associam derivativos à especulação, quando na verdade são instrumentos de proteção de margens.


Por isso, a disseminação de conhecimento técnico, aliada ao acesso a ferramentas amigáveis e mercados organizados, é essencial para elevar o nível de maturidade do setor. Educação financeira e de risco não é custo — é investimento em previsibilidade e sustentabilidade.


Governança e transparência


A integração entre plataformas de gestão e mercados organizados gera um salto em governança. Ambientes regulados, como o BAB, trazem segurança jurídica e padronização operacional, enquanto soluções digitais como a Agroboard oferecem transparência, rastreabilidade e controle corporativo.


Essa combinação permite que as empresas adotem uma abordagem mais robusta e auditável de gestão de risco, reforçando a credibilidade institucional e o acesso a financiamentos.


Um novo ecossistema de gestão de risco

O futuro da gestão de risco no agro é regional, tecnológico e colaborativo. A integração entre plataformas como a Agroboard e mercados como o BAB cria um ecossistema no qual análise, decisão e execução caminham juntas.


Essa convergência traz benefícios claros:

  • Redução da exposição à volatilidade internacional;

  • Maior aderência entre preços físicos e financeiros;

  • Ganhos de eficiência operacional e de governança;

  • Fortalecimento da gestão estratégica de margens.


Mais do que mitigar riscos, esse novo modelo de mercado transforma volatilidade em vantagem competitiva.


Conclusão


O agronegócio brasileiro está pronto para um novo ciclo — mais técnico, conectado e previsível. Ao unir tecnologia, dados e mercados regionais, o setor constrói um caminho sólido para uma gestão de risco moderna, eficiente e sustentável.


A Agroboard seguirá atuando como parceira estratégica nessa evolução, conectando produtores, cooperativas e indústrias em um ambiente de governança, inteligência e proteção de valor.

 
 
 

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